O UNIVERSO POÉTICODE MARIO QUINTANA:UMA JORNADAPELA ALMA GAÚCHA
Nas tranquiças ruas da Porto Alegre antiga, onde o tempo parece fluir ao ritmo de um chimarrão sorvido lentamente, reside um tesouro literário conhecido como Mário Quintana. Poeta, contista e tradutor, esse homem de olhar perspicaz e alma profunda é um dos pilares da literatura brasileira do século XX, e sua essência permanece imortalizada nas palavras que ele tão habilmente costurou em suas obras.
O Rio Grande do Sul sempre foi um lugar de personalidade forte, uma região que respira tradição e história. É dessa terra que emerge Mário Quintana, com sua figura franzina e cabelos desalinhados, um verdadeiro sopro de autenticidade em um mundo que muitas vezes parece girar rápido demais. Seus olhos parecem refletir a vastidão dos campos sulinos, as montanhas que beiram o horizonte e o céu que se abre em cores vivas ao entardecer.
Quintana foi mestre em explorar a simplicidade do cotidiano, revelando a beleza escondida nas coisas mais comuns. Ele transformava a banalidade em poesia, e em suas mãos, um simples passeio pelas ruas de pedra se tornava uma jornada épica. Suas crônicas eram como lentes que focavam no que muitos ignoravam: um casal de idosos de mãos dadas, um gato preguiçoso tomando sol, as palavras não ditas entre um olhar e outro.
Com uma prosa que flui como o rio Guaíba, Mário Quintana nos conduz através das esquinas de sua cidade natal, nos apresentando personagens invisíveis aos olhos distraídos. Seus textos são como pequenas pérolas literárias, onde a poesia se encontra nas entrelinhas e a melancolia suave envolve cada palavra. É como se ele tivesse o dom de sussurrar os segredos da vida para aqueles que se dispusessem a ouvir.
E como todo grande poeta, Quintana também explorou o tempo e a eternidade. Ele nos lembra que a passagem dos anos é como um barco que segue seu curso, levando-nos para um destino que desconhecemos. Suas palavras nos convidam a apreciar cada momento, a olhar para as pequenas coisas que compõem a tapeçaria da vida. Ele nos faz refletir sobre a fugacidade do tempo, enquanto suas metáforas nos lembram que, no fundo, somos todos viajantes nessa jornada efêmera.
Mário Quintana não é apenas um poeta gaúcho, ele é um guardião das almas, um contador de histórias que transcende as fronteiras do tempo e do espaço. Suas palavras ecoam através das décadas, sussurrando verdades sobre a condição humana. Ele nos lembra que a poesia não está apenas nos versos, mas também nas pequenas alegrias, nas tristezas compartilhadas e nas experiências que moldam quem somos.
Enquanto o vento sopra suave nas ruas de Porto Alegre, é como se ainda pudéssemos ouvir a voz de Quintana, nos convidando a observar o mundo com olhos curiosos e corações abertos. Sua crônica, tecida com fios de nostalgia e sabedoria, nos lembra que a poesia está em toda parte – basta apenas estarmos dispostos a enxergá-la.
#Liberdade #Igualdade #Humanidade
Asas para voar. Motivos para voltar. Raízes para ficar! (DL)
Monumento a Carlos Drumond de Andrade e Mario QuintanaMonumento à literatura brasileiraLocalização: Praça da Alfândega, Centro Histórico, Porto Alegre/RS.
A Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ) Originalmente Hotel Majestic, é um prédio histórico brasileiro e um centro cultural da cidade de Porto Alegre. Um dos maiores e melhor aparelhados do Brasil.
Cleia Fialho
Enviado por Cleia Fialho em 21/10/2014
Alterado em 09/12/2023 |